Versão final do parecer, aprovada na terça-feira, tem 1.279 páginas e propõe o indiciamento de Bolsonaro e de outras 77 pessoas e duas empresas
Na véspera de completar seis meses de atividades, a CPI da Covid aprovou, na terça-feira (26), o relatório final da comissão. Prevaleceu o texto do relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), que recebeu sete votos favoráveis e quatro contrários — com isso, os votos em separado, apresentados por outros parlamentares, não chegaram a ser analisados.
O parecer agora será encaminhado a diferentes órgãos públicos, de acordo com a competência de cada um: à Câmara dos Deputados, à Polícia Federal, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao Ministério Público Federal (MPF), ao Tribunal de Contas da União (TCU), a ministérios públicos estaduais, à Procuradoria-Geral da República (PGR), à Defensoria Pública da União e ao Tribunal Penal Internacional (TPI).
entrega do relatório ao procurador-geral da República, Augusto Aras, está marcada para as 10h30min desta quarta-feira (27). Para o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), o chefe do Ministério Público Federal deve ser o defensor dos direitos do povo brasileiro e "não do governo de plantão".
— Pode até questionar alguma coisa, mas vai ter que escrever, vai ter que negar, vai ter que botar lá a sua assinatura e dizer que não houve nada. E o bom brasileiro, aquele que jurou a Constituição, aquele que passou num concurso público, não tem o direito de engavetar; ele tem a obrigação de continuar a investigação e é isso que nós queremos — disse o senador.
Comentários